Agentes de segurança sócio-educativa entram em greve em SE, Eles reivindicam melhores condições de trabalho. Fundação Renascer fala sobre a greve.
Como apenas 50% do efetivo foi mantido, o Grupamento Especial Tático de Motos (Getam) e o Batalhão de Choque foram acionados para garantir a segurança no Centro de Atendimento ao Menor e Unidade de Internação Provisória (Usip), mas nenhuma ocorrência foi registrada.
“Enviamos oficio para a Fundação Renascer e para a Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência e do Desenvolvimento Social (Seides), dando ciência de que hoje estaríamos paralisando nossas atividades”, afirma o vice-presidente do Sindicato dos Agentes de Segurança e de Medidas Socioeducativas (Sindasse), Sidney Guarany.
Ele informou ainda, que foi enviada uma pauta de negociação no dia 4 de julho, mas que até o momento não houve nenhuma resposta. “Até hoje a única coisa que recebemos da Fundação Renascer e da Secretaria de Inclusão Social foi uma nota dizendo que está em estudo para ver se implanta o auxilio alimentação que nós solicitamos. Temos a nossa pauta de gratificações, que são pagas de maneira irregular e ainda um parecer do procurador geral do estado, onde ele corrobora todas essas informações que nós estamos passando”, informa Guarany.
Greve x Segurança
Sobre a segurança no Cenam e Unidades de Internação Provisória, Feminina, e a de Semiliberdade durante o período de greve Sidney Guarany disse que “mesmo com o efetivo total é difícil controlar as rebeliões e pela metade é claro que a situação se intensifica. Mas não podemos fazer uma greve trabalhando. Estamos disponibilizando 50% do efetivo, que é mais do que manda a lei. Além de disponibilizar ainda ainda dois agentes de segurança sobressalentes para cada unidade, caso venha a acontecer alguma necessidade. Estamos garantindo as necessidades básicas”.
Em nota, a Fundação Renascer falou sobre a greve:
"A Fundação Renascer vem a público lamentar a decisão dos agentes de segurança em paralisar as atividades por tempo indeterminado. Ao mesmo tempo em que esclarece que, desde que recebeu a pauta de reivindicações do Sindicato dos Agentes de Segurança e de Medidas Socioeducativas (Sindasse), juntamente com a Secretaria de Estado da Inclusão Assistência e Desenvolvimento Social (Seides), vem negociando com representantes da categoria na busca de uma alternativa que atendesse os anseios da classe.
Na sexta-feira passada, dia 14, a secretária de Estado da Inclusão Social, Eliane Aquino, a secretária adjunta da Inclusão Social, Maria Luci Silva, e a presidente da Fundação Renascer, Antônia Menezes, estiveram reunidos com os representantes do Sindasse. Na oportunidade a secretária Eliane Aquino ressaltou que todos os procedimentos da Seides são tomados com base em fundamentos legais, por isso passam pelo crivo da Procuradoria Geral do Estado.
“É preciso destacar que estamos em conversa constante com a Procuradoria e as notícias têm sido bastante satisfatórias. Acreditamos que as reivindicações serão autorizadas, porém não podemos tomar nenhuma decisão, sem o respaldo dela. Não devemos ser levianos, temos que trabalhar dentro da lei, como sempre fizemos. Todos sabem que o Estado está atingindo o limite prudencial, por isso as iniciativas não podem ser tomadas de forma impensada”, reforçou a secretária.
Ontem, dia 17, a Fundação Renascer e a Seides apresentaram como proposta o pagamento de ticket alimentação e o retorno da aplicação do índice multiplicador da Gratificação Especial de Atividade Socioeducativa (Gease) sobre o salário base, propostas que foram recusadas pelo Sindasse.
Apesar do compromisso da Fundação Renascer em continuar negociando outros pontos apresentados na pauta, a categoria preferiu ir para o dissídio e iniciar a paralisação. A Fundação está empenhada e todos os esforços estão sendo feitos para que as atividades não sofram solução de continuidade".
Fonte: G1 Sergipe